Sobre anjos e adorações | Poesia erótica

Uma mulher de joelhos nem sempre está louvando aos céus.

Para mais poesias, clique aqui. Pra mais palavras instigantes, aqui. Agora, se você quer manter o clima, aperte com vontade bem aqui ;)

Hilda Hilst será a homenageada da Flip 2018

Hilda tem nome de furacão. Bastante apropriado para uma autora cujos escritos invadem a mente sem pedir licença. Entre as preferidas do blogueiro, a escritora será a homenageada da 16ª Festa Literária de Paraty que acontece de 25 a 29 de julho de 2018.

Grande escolha. A obra de Hilda Hilst "extrapola fronteiras", explica em nota o diretor geral da Flip, Mauro Munhoz. Sem contar que a literatura de Hilda tem um lado pornográfico, digamos, pujante. Tapa na cara do moralismo que castra o Brasil atualmente e que pode botar fogo nos painéis durante a Feira.

Hilda Hilst [1930] nasceu em Jaú, no interior de São Paulo, e morreu em 2004. Escreveu poesia, ficção, teatro e crônica, passando por temas como "o amor, o sexo, a morte, Deus, a finitude das coisas e a transcendência da alma".

Conhecida por livros como "Cantares de perda e predileção", "Rútilo nada", "A obscena senhora D" e Contos d'Escárnio - Textos Grotescos, a autora teve suas obras traduzidas para oito idiomas.

O anúncio de que Hilda será a homenageada foi divulgado pela organização da Flip nesta terça-feira, 5. É a terceira vez que escolhem uma mulher. Clarice Lispector e Ana Cristina Cesar foram as anteriores. Este ano, o homenageado foi Lima Barreto.

Joselia Aguiar, curadora da edição 2018, vê semelhanças entre as obras de Hilda Hilst e Lima Barreto. "Ambos foram transgressores, cada um a seu modo e em seu tempo e se dedicaram à escrita de modo tal que ultrapassaram o limite do que era esperado de cada um: ele como autor negro de baixa renda, ela como mulher livre numa sociedade que não estava acostumada a isso", analisa.

No próximo ano, a Flip vai manter o cuidado de ter autores plurais, afirma Joselia. Em 2017 , a Feira teve recorde de escritores negros, totalizando 30% dos convidados, e pela 1ª vez havia mais mulheres do que homens no programa.

Racismo, preconceito e gênero pautaram os painéis ao longo de todo o evento. O que rendeu momentos como este, considerado o mais emocionante da Flip 2017, em que uma professora negra aposentada deixou o ator Lázaro Ramos sem palavras ao contar uma história que a marcou por toda a vida:



Que emoções esperam por nós na Flip 2018? Uma coisa é certa, com as bençãos - e os brindes - de Hilda, serão incríveis.

Veja também:

Sobre gavetas, literatura, sexo e sacanagem | Contos d'Escárnio - Textos Grotescos
Flip comemora 10 anos e presta homenagem a Carlos Drummond de Andrade

Mulheres peladas fumando maconha | Contact High
De que somos feitos? RIP Galeano
O que faz você sorrir? Ilustrações divertidas mostram o que deixa as pessoas felizes
Alfabeto do Kama Sutra em gifs animados
Liberdade de uma ponta a outra
Das coisas que a gente não fez
Palavra puxa palavra | Hoje é Dia Nacional do Livro
Volta às aulas McDonald's
Ocaso de um herói: o dia em que Flash se aposentou
Bebê que chora toda vez que um livro acaba bomba na webz
História de [des]Amor em 12 linhas
As frases mais fail de todos os tempos ever
Tempos Modernos: softwares
Livros e praias: Ikea monta biblioteca nas areais de Sidney
Antigo manual de ritmos: comercial da FNAC premiado em Cannes 2002
De onde vêm as boas ideias: autor conta a origem da criatividade e inovação
Além da imaginação: a incrível aventura após o fechamento das livrarias
Fotos históricas e seus autores desconhecidos
Livro para ver
Promessas de ano novo: divertido curta em stop motion mostra como arrumar a estante
O que seu tipo de letra favorito tem a revelar sobre você?
O Herói e o Fora-da-lei: os arquétipos de Jung aplicados na Publicidade
Ler te faz mais interessante