'Não se vacine': carro de funerária gera polêmica com campanha sincerona

 


Imaginem dar de cara com um carro funerário exibindo a frase "Não se vacine". Poucas mensagens seriam mais diretas, não é mesmo?

A frase, aparentemente antivax, ganhou um novo - e oposto - sentido justamente ao aparecer na traseira e nas laterais de um rabecão que circulou pelas ruas de Charlotte, no domingo 19, surpreendendo os moradores da cidade estadunidense, localizada na Carolina do Norte, onde os casos de covid-19 estão em alta.



Criatividade sem freio ou avanço de sinal?

O papo reto da casa funerária dividiu opiniões. Embora terrivelmente criativa, a mensagem foi considerada por muitos como de mau gosto. De fato, a comunicação é um tanto questionável, levando-se em conta que nos EUA mais de 670 mil pessoas morreram devido à covid-19 - o país detém a triste liderança em número de mortos.

A treta se estendeu para a internet após as fotos repercutirem nas redes sociais. Houve quem afirmasse que o anúncio é uma falta de respeito "pois está zombando de pessoas que podem morrer de coronavírus".



Revoltas à parte, a intenção da mensagem foi, na verdade, encorajar a população a aceitar as vacinas disponíveis. 

Prova disso? A campanha continua no site da empresa. Ao acessar a página, com fundo preto, o visitante se depara com a mensagem "Vá se vacinar agora. Do contrário, nos vemos em breve".



Percebem a ousadia?

Humor com requintes de sarcasmo que faz lembrar as campanhas da Sinaf, empresa de assistência funeral com seguro de vida conhecida pela linha criativa de suas propagandas.



Além disso, o site contem um link para um centro médico onde as pessoas podem se vacinar. No link ainda estão disponíveis informações relevantes sobre os três imunizantes aprovados nos EUA contra covid. 

Senta que lá vem plot twist

A Wilmore Funeral Home, empresa cujo nome aparece no veículo e no site, é uma funerária fictícia. Isso mesmo, não existe. 

A ação de marketing de guerrilha com o outdoor ambulante foi ideia da agência Boone Oakley. Bem se vê que propaganda é a ~alma~ do negócio.



Em tempo, na Carolina do Norte, apenas 49% da população vacinável recebeu as duas doses da vacina.

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