No início da faculdade, morei em república de estudante. Tomar o destino nas próprias mãos, longe dos olhos onipresentes dos pais é uma experiência enriquecedora, exceto pela geladeira sempre vazia - afinal, que calouro raiz trocaria as chopadas universitárias por um rolezinho chato no supermercado?
Além disso, de nada adiantava esperar encontrar o que havia deixado na dispensa. No dia seguinte, a dita cuja estaria invariavelmente vazia. Quem foi? Ninguém sabe, ninguém viu.
Certa vez, pra driblar a larica sanha dos meus colegas de república, troquei a embalagem de um sorvete por outra sem rótulo onde colei uma etiqueta que havia escrito: Experiência nº 4: vibro cholerae NÃO MEXA! - escolhi o nome pela estranheza. Descobri depois que se trata do vibrião da Cólera.
A tática foi um sucesso, ninguém se atreveu a tocar no pote. No final, arrependido da gulodice, acabei dividindo o sorvete, mas a turma nunca descobriu o truque - ao menos até hoje ;)
Em homenagem aos amigos da facul, uma época que não volta mais [graças a Deus!] trouxe um comercial fantástico da DDB, de Berlim.
No filme, um garotinho cansado de perder seu lanche para os moleques da rua encontra uma solução genial graças ao Burger King.
Bela zoeira do McDonald's pra cima da concorrência.
No Brasil, o CONAR desaprovaria a veiculação, sim ou com certeza? Chiquinho Lucchini, redator da NBS listou os motivos:
a) Incentiva o Bullying;
b) Tem que pagar multiplicidade na Globo;
c) Não vou pagar para o concorrente aparecer no meu comercial;
d) Não tem cenas de appetite appeal
