Nasa vai pagar 66,6 mil para voluntários dormirem de cabeça para baixo por um mês

 


Enquanto não vem estudar os brasileiros, a Nasa desenvolve um estudo sobre distúrbios do sono em ambientes gravitacionais diferenciados. Para isso, busca 30 guerreiros dispostos a dormir de cabeça para baixo durante um mês. O incentivo? 66,6 mil taokeys.

Em colaboração com o Agência Espacial Alemã [DLR], o esforço faz parte dos chamados "Bed rest studies", estudos sobre repouso na cama, em livre tradução, e durará cerca de 59 dias, mas somente em 30, voluntários precisão dormir na posição invertida. Mais exatamente em camas com inclinação de seis graus, com a cabeceira mais baixa em relação aos pés - a ideia é simular a gravidade vivida por astronautas.



Pesquisas como essa contribuem para acelerar os esforços da Nasa em enviar astronautas para a Lua em 2024 e, posteriormente, para Marte.


Vamo dobrar a meta

Aviso aos interessados, não é só dormir, não. Durante os testes, os participantes "devem comer, fazer exercícios e até mesmo tomar banho de cabeça baixa. Isso faz com que seus corpos se adaptem como se estivessem no espaço. Eles são monitorados continuamente para que os pesquisadores entendam como seus corpos mudam e por quê. Os resultados permitem o desenvolvimento de medidas que ajudarão os astronautas em missões espaciais, bem como as pessoas acamadas na Terra", diz o site da Agência Espacial Americana.

Além disso, de acordo o site, a dieta dos voluntários será restrita com refeições sem aditivos artificiais ou adoçantes. Eles também serão motivados a definir uma meta, como aprender um novo idioma ou fazer aulas.



Cabeça inchada, pernas de pássaro

Na etapa "morcegão" da pesquisa, cada voluntário receberá 11 mil euros, em torno de 66,6 mil taokeys. 

A Nasa explica que em um ambiente sem gravidade, o corpo tem dificuldade em mandar sangue para as pernas e os fluídos podem se concentrar na cabeça do astronauta, resultando em uma tal "síndrome de cabeça inchada, pernas de pássaro". Não fazemos ideia do que seja isso, mas para pagarem quase 70 mil é porque não deve ser nada bom.


Bota um cropped e vai

O estudo permitirá aos pesquisadores avaliar os efeitos das mudanças de fluidos no corpo humano, bem como a perda de massa óssea e muscular frequentemente vivenciada pelos astronautas no espaço, explica a Nasa. Isso é o que se pode chamar de um "pequeno passo" sem nem mesmo sair da cama.

Curtiu a "vaga"? A etapa com os voluntários está programada para ocorrer em 2023, durante o verão europeu. Para participar, é preciso ser saudável, ter de 24 a 55 anos e estatura mínima de 1,53 m e máxima de 1,90 m.

Parafraseando o astronauta Neil Armstrong, um pequeno passo sem sequer sair da cama.

Veja também: