Sobre lutas e colheitas: a rivalidade entre brasileiros e argentinos na publicidade

Outro dia vi um documentário sobre a disputa "velada" entre MMA e o boxe. Muitos pugilistas profissionais estão migrando para o MMA que proporciona mais visibilidade e oferece melhores salários. Isto se reflete na preferência dos jovens atletas em busca de oportunidades. Alguns diriam que o MMA é mais completo e o boxe anda meio mal das pernas. A verdade é que há tempos não surge um ídolo no boxe, como Ali ou Mike Tyson, capaz de atrair o interesse da mídia e a admiração dos iniciantes.

Pois, você sabe quem faz a melhor propaganda latino-americana atualmente? Pasme, são nossos hermanos argentinos. Nos últimos anos, a publicidade de lá tem sido insuperável se comparada à nossa. A propaganda brasileira está na mesma situação do tradicional esporte dos ringues, há muito não apresenta um ícone capaz de atrair os olhares mundiais. Responsável pelo lançamento de nomes como Washington Olivetto e Nizan Guanaes - para ficar entre os mais badalados - a publicidade brazuca parece estar numa espécie de entre-safra.

Bom, há tempo de plantar e há tempo de colher. Enquanto, isso vamos cuidando do jardim e dando a mão a palmatória, os argentinos estão arrebentando! Falando em mãos, um exemplo da criatividade dos caras para a Coca-Cola com "Cocacoleros". O conceito é tão forte que continua sendo usado por lá.

A campanha da Santo [Buenos Aires] para a Copa América, da qual a marca é uma das patrocinadoras, conta a sofrida e brilhante trajetória de um vendedor de refrigerantes. Veja o filme e entenda porque nossos hermanos estão se sobressaindo.