Outdoors aproveitam fios elétricos como 'bigode' em campanha de aparador de pelos

 


Cartazes e outdoors construídos em torno de fios e postes aludem de forma divertida, mas convincente, à necessidade da rapaziada dar aquela aparada nos pelos do nariz, de forma segura. 

Campanha intitulada "Baldy, Fatty, Borat, Shaken, Cheeks" é sacada sagaz da Saatchi & Saatchi Indonésia para promover o Panasonic Nose Hair Trimmer [2009].


"Sistema de corte com segurança", diz o texto das peças em livre tradução [Safety Cutting System]. Cá entre nós, sem querer ser do contra, mas todos esses fios, emaranhados desse jeito, estão longe de passar sensação de segurança.






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Anúncio criativo provoca público com ilusão de ótica

 


"Por que ir ao dentista é importante?", questiona o título do anúncio em livre tradução. 

Em seguida, o texto responde: "Porque embora ele esteja sem uma sobrancelha, a primeira coisa que você notou foi seu sorriso".

Criatividade raiz da Dentistry Group [2019], uma rede de clínicas odontológicas localizada na Califórnia, EUA, que usou o recurso da ilusão de ótica para ir direto ao ponto.

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Faça o que você não pode: uma fábula sobre sonhos e resiliência



Após acidentalmente colocar em sua cabeça um óculos de realidade virtual reproduzindo um simulador, Faye, uma avestruz, se encanta com um mundo deslumbrante e sonha o impossível: voar.

Embora a ave, nem seus ancestrais, jamais tenha alçado voo, ela começa a agitar suas penas com entusiasmo. A avestruz corre e bate as asas na tentativa de decolar, mas infelizmente cai de bico no chão.

No dia seguinte, Faye insiste em seu sonho, desta vez sem os óculos de realidade virtual...

Embalada pela emblemática "Rocket Man", primeiro grande hit de Elton John, uma história espetacular e inesperada sobre desafios e superação para inspirar o corre da semana.

Dá o play e saiba mais sobre a campanha a seguir.


Quem colocaria um óculos de realidade virtual em um avestruz para que ele, assim, tivesse peito de abrir as asas e alçar voo?

Pois a Samsung colocou. 

"Faça o que você não pode" é o slogan apresentado pela empresa sul-coreana de eletrônicos na criativa campanha para o seu gadget headset Gear VR. "Nós fazemos o que não pode ser feito para que você possa realizar o que não pode ser realizado", diz o texto do anúncio produzido em animação live-action. Prova de que todos os seus sonhos podem se tornar realidade em um mundo virtual, você só precisa da tecnologia certa.

Storytelling com S maiúsculo.

Intitulada "Ostrich", a campanha foi premiada no D&AD Awards com o Yellow Pencil nas categorias Film Advertising Crafts e Special Effects for Film Advertising [2018], entre outros cinco prêmios.












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Pensando em sexo?

 


Sextou. Para quem só pensa naquilo, série de três prints da marca de preservativos Ceylor sugere partir para a ação. "Não fique apenas no pensamento", diz o título dos anúncios em livre tradução [Don't just think about it].

Ponto para direção de arte que usou camisinhas cheias de ar como balões de pensamento em situações um tanto imaginativas. Criação da Publicis Suíça [2010].




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'Eu vou tomar um tacacá': Joelma e Guaraná Antarctica aproveitam meme e fazem paródia de 'Voando pro Pará'

 


♫♪ Eu vou tomar um tacacá
Dançar, curtir, ficar de boa ♫♪

Se você não estava isolado sem wifi em uma ilha fluvial do Amazonas, você já ouviu ou cantou o refrão acima. A internet elege seus preferidos e um deles foi "Voando pro Pará", de Joelma. Lançada originalmente em 2016, a música repercutiu recentemente após cair no gosto da rapaziada e viralizar de modo espontâneo no TikTok em paródias, gravações em IA, memes, trechos nos shows do RBD em São Paulo e até levou o tacacá, a se tornar a comida mais pesquisada no Google em 2023. 

Uma das releituras do sleeper hit foi "Eu vou tomar um guaraná", de uma menina chamada Lorena, que alcançou rapidamente ― Pasmem! ― 20 milhões de visualizações e transformou a mini querida no novo fenômeno da internet BR. 

Assista:



Claramente, o hit chegou aos ouvidos do marketing do Guaraná Antarctica que resolveu pegar uma carona na brincadeira e fazer uma versão oficial para sua nova campanha com ninguém menos que a própria Joelma.

Criada pela Soko, a iniciativa que enaltece a autenticidade e diversidade da cultura brasileira, bem como celebra as raízes amazônicas compartilhadas entre o tacacá e o refrigerante da Ambev, traz aos palcos a cantora performando o novo refrão.

O vídeo com a interpretação de Joelma, que canta e dança vestida com as cores do Guaraná Antarctica, já está nas redes sociais da marca e da artista.

Assista no player abaixo e saiba mais sobre a campanha em seguida:



Fruto de um marketing sabido, antenado ao movimento fluido e à dinâmica das tendências culturais nas redes a ponto de capitalizar um meme/paródia viral, a parceria entre Joelma e Guaraná Antarctica é belo exemplo de como aproveitar o engajamento orgânico do público com uma marca e mostrá-la como parte integrante da cultura popular.

"Para qualquer marca é um reconhecimento importante estar tão naturalizada na cultura a ponto de se tornar uma música. Estamos muito felizes em poder aumentar nossa história já centenária com os brasileiros em um projeto tão genuíno e com a cara do Brasil e de Guaraná", comenta Tetê Chaves, diretora de marketing de Guaraná Antarctica.



Além do vídeo, o esforço de marketing contou com um show especial de Joelma em Goiânia, realizado em 16 de dezembro, com a apresentação ao vivo da nova versão da música. E ainda, desdobramentos nas redes sociais da cantora e de Guaraná Antarctica. 

Destaque ainda para o engajamento dos fãs de Joelma. A campanha ganhou visibilidade com a participação ativa do fandom da cantora nas redes, ressaltando a potência das comunidades online.

Curiosidade: tacacá que Joelma canta na letra original é um caldo de tucupi, jambu e camarão seco, típico da região amazônica e, especialmente, do Pará onde se tornou um símbolo da cultura do estado.

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Humor de segunda-feira

 


Dona Anésia é uma tirinha do cartunista Will Leite aka Will Tirando.

Para mais humor, clique aqui. Para consultar o calendário, aqui.

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Após 28 anos, criador de Calvin e Haroldo retorna com Graphic Novel sombria para adultos

 


O mundo dos quadrinhos nunca superou o fim das tirinhas de Calvin & Haroldo. Pois agora, 28 anos depois, Bill Watterson, o reclusivo criador das histórias do menino e seu tigre de pelúcia, retorna em uma nova obra totalmente diferente: uma graphic novel enigmática e sombria voltada para o público adulto.

Intitulada "The Mysteries", a obra que demorou mais de dez anos para ser finalizada não se trata de uma história em quadrinhos, mas de um livro com enredo de Watterson e arte de John Kascht. Foi definido por seu editor, Andrews McMeel, como "uma fábula enigmática e ricamente ilustrada que explora o desconhecido". 


A narrativa nos conduz a um reino medieval atormentado por eventos catastróficos e inexplicáveis cujo rei despacha seus cavaleiros para uma viagem surreal a fim de investigar e solucionar o mistério das calamidades, mas apenas um cavaleiro alquebrado retorna muitos anos depois.

Parceria inédita

The Mysteries conta com ilustrações em preto e branco numa fusão de pintura, desenho, fotografia e escultura. A obra é resultado de uma colaboração inédita entre Bill Watterson e John Kascht, artista gráfico e caricaturista de renome nos EUA que já trabalhou numa ampla gama de publicações, incluindo Mad, New York Times, Golf Digest. Algumas de suas pinturas estão em exibição no Smithsonian National Portrait Gallery. A parceria entre os dois artistas levou anos para se materializar, segundo conta Watterson à imprensa.



Os desafios enfrentados pela dupla para alinhar seus estilos e visões, que inicialmente pareciam incompatíveis, foram abordados no vídeo de lançamento de The Mysteries. A obra foi concebida por Watterson há dez anos como um projeto pessoal de pintura, mas ficou em sua mesa de trabalho por anos, revelou. Ele admite que ficou ''atônito ao perceber que não tinha visão clara das ilustrações que deveriam acompanhar seu texto".

Nesse momento, Kascht entra no projeto. "Estávamos em busca de criar imagens indefinidas para uma narrativa igualmente vaga, talvez o aspecto que mais me encantou na obra", diz Watterson. A colaboração, entretanto, não foi exatamente fácil, em especial pela resistência de Watterson em "dividir a criação" com outro artista, algo que sempre foi visto por ele como um desafio. O cartunista é conhecido pela rigidez em lidar com sua própria obra, especialmente quando se trata de licenciar produtos relacionados a Calvin and Hobbes.



De cara, o realismo detalhista de Kascht entrou em choque com a abordagem mais fluida e improvisada de Watterson. A dupla precisou de um longo percurso para aparar arestas e encontrar um caminho de entendimento. Eles trabalharam juntos na produção das ilustrações, por cinco anos, alinhando seus métodos e estilos tradicionais. "Resolver nossas diferenças em prol de um objetivo comum é quase um ato revolucionário hoje em dia; e estou tão orgulhoso disso quanto de qualquer outro aspecto da colaboração", conta o pai de Calvin & Haroldo.

Assista ao vídeo:



The Mysteries tem 72 páginas, capa dura e formato quadrado, 20,95 cm x 20, 95 cm. Por enquanto, a graphic novel lançada pela editora Andrews McMeel em 10 de outubro último está disponível apenas no exterior. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil, mas é possível adquirir pela Amazon



Em tempo, as tirinhas de Calvin & Haroldo foram publicadas durante dez anos, de 1985 a 1995. Embora tenha recebido muitos pedidos em todos esses anos, Watterson jamais autorizou a produção de filmes com seus personagens.

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A vida amorosa de um humano segundo seu cão. Assista curta Disney que ganhou o Oscar

 


Um cãozinho adotado que só pensa em comer é o mote inicial de "O Banquete" [Feast]. Filme mostra o desenrolar da vida amorosa de um homem pela perspectiva de seu guloso doguinho Winston, pautada mordida a mordida através das refeições que a dupla compartilha.

O premiado curta de Patrick Osborne [chefe de animação de "Paperman" que estreava como diretor] foi lançado nos cinemas em 2014, exibido antes das cópias de "Operação Big Hero 6".

"O Banquete" conquistou o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação no ano seguinte, concorrendo ao lado de "The Bigger Picture", "The Dam Keeper", "Me and My Moulton" e "A Single Life". Produzido pela Disney, o curta também conquistou o Annie Awards, premiação considerada o "Oscar das animações".

Assista:



Curtiu? Você pode conferir os bastidores da produção no player abaixo:


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Rosto em pintura envelhece conforme posição que se olha | Sergi Cadenas

 


Impossível ficar indiferente à arte cinética de Sergi Cadenas. O artista autodidata catalão cria retratos únicos que se transformam gradualmente à medida que o observador circunda a peça.

Suas pinturas que ora envelhecem ora mudam de personalidade presenteiam o olhar com uma multiplicidade de estímulos visuais que intrigam e fascinam. 

A ilusão de ótica é um dos principais recursos da arte cinética, corrente das artes plásticas que explora o movimento na obra a fim de atingir o dinamismo como efeito estético.



A obra "Envelhescendo", pintura tridimensional a óleo, está exposta na Galeria Jordi Barnadas, em Barcelona, na Espanha.

Impressionante, não? Mas como Cadenas faz isso?

"Desde quando eu era criança já existiam imagens lenticulares. Eu desenvolvi uma técnica para alcançar esse efeito 3D com a pintura a óleo e venho surpreendendo as pessoas", conta. A impressionante técnica de transformação do artista envolve o desenvolvimento de peças a partir de tiras verticais rígidas justapostas em ângulos variados e pintadas a óleo em cada uma das faces para abrigar duas imagens completamente diferentes. Ao caminhar de um extremo ao outro, o observador tem a ilusão de que uma imagem se converte na outra e vice-versa.

Sua obra evoca uma dualidade intrínseca que reflete em múltiplas interpretações. Seja o paralelo entre infância e velhice que remete ao ciclo da vida ou a associação entre Marilyn Monroe e Albert Einstein que pode despertar em quem olha o dualismo beleza X inteligência ou as mais variadas questões.



O artista de 51 anos começou a trabalhar com fundição de ferro aos 15, estudou design e ferragens artísticas no Gremi de Serrallers, em Barcelona. Embora um pintor habilidoso, nunca estudou desenho, suas obras são feitas de maneira autodidata. Além de se dedicar à pintura cinética, atualmente ele é responsável pela Ferros d'Art Cadenas, empresa familiar ligada ao ramo de fundição. Localizada em Girona, na Catalunha, a fábrica existe há quase três séculos.

Assista um pouco de sua arte no vídeo abaixo:



Confira mais algumas imagens:








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