Arte que alimenta: artista cria incríveis paisagens com alimentos | Carl Warner

Londres

O título do post não é uma metáfora, ao menos em relação ao trabalho de Carl Warner. O fotógrafo britânico explora as fronteiras entre o alimento e a arte, utilizando peixes, melancias, abacaxis, laranjas e outros alimentos frescos em suas obras.

Warner prefere fugir do abstrato, refazendo paisagens que as pessoas já tenham visto antes e diz recorrer ao photoshop apenas para melhorar a qualidade, sem que o programa influencie na composição da cena. Para evitar que os alimentos murchem antes do fim da foto, as imagens são registradas em camadas, do primeiro até o último plano, o processo de montagem é lento e pode levar até três dias.

Seus trabalhos costumam ser comparados aos quadros do pintor italiano Giuseppe Arcimboldo, que já no século XVI criava retratos utilizando frutas, verduras e flores. Eles foram reunidos no livro Food Landscapes, Paisagens de Comida em português.

Mas se você ficou com água na boca, algumas imagens podem ser vistas na mostra Comendo com os Olhos, que ainda inclui oficinas e outras atrações. Em cartaz até 30 de dezembro, em São Paulo. Entrada franca.

Barco de ervilha navega num mar, pasmem, de salmão. Árvores de alecrim e pedras de batata. 

 Você á capaz de reconhecer o cara acima?

 Pães e pedaços de queijo: cena bucólica típica do interior da Inglaterra.

Floresta de brócolis. 

 Essa é para os chocólatras.

 Garlicshire: remete a paisagens rurais da Grã-Bretanha, alhos no lugar de casas.

Warner: a inspiração veio num passeio pela feira de Portobello, Londres. 
Os cogumelos pareciam árvores de uma savana africana.

 Penhascos de pedaços de queijo parmesão cobertos com batatas.

Embutidos: cena rural da Toscana, Itália.