Treta Crivella X beijo gay, acompanhe todo o rolê


A treta começou quando Marcelo Crivella [PRB] censurou a graphic novel "Vingadores, a cruzada das crianças", disponível na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, por conta de um beijo entre os personagens Wiccano e Hulkling, que são namorados.

Na quinta-feira, 5, o prefeito ordenou à Bienal que retirasse a obra do local pois, segundo ele, a história em quadrinhos contém "conteúdo sexual para menores".

Censura? Preconceito? Palanque junto ao público evangélico e conservador? Ou todas as alternativas anteriores? Analistas políticos apontam a estratégia de Crivella de tentar fazer campanha antecipada para reeleição como prefeito.

A repercussão do caso chegou a parar na capa dos jornais.


Acompanhe todo o rolê:







No mesmo dia, fiscais da prefeitura foram à Bienal executar a apreensão de livros pela primeira vez:



Público presente no evento reagiu contra a censura:



Crivella chegou a citar o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] para justificar a ação arbitrária.



Mais uma vez, o prefeito errou feio, errou rude:







Entidades como a OEA [Organização Organização dos Estados Americanos] e OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] se manifestaram:





Maior editora do país, Companhia das Letras lançou uma campanha contra o preconceito:



Se um dos objetivos de Crivella era proibir o acesso do público à obra, o tiro saiu pela culatra:





Na sexta-feira, 6, Justiça proibiu a ação da prefeitura após Bienal impetrar um mandado de segurança no TJ-RJ.





A liminar, no entanto, foi derrubada pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Claudio de Mello Tavares, o que permitiu que fiscais da prefeitura voltassem ao evento no sábado, 7, para a busca e apreensão de livros com temática LGBTQ+.





Em protesto, o público caminhou pelos corredores da Bienal bradando "Não vai ter censura!".







Também rolou um beijaço contra o recolhimento das obras:



Em nota, Bienal afirmou que vai ao Supremo Tribunal Federal contra ação ordenada na quinta-feira por Crivella.



Enquanto a treta rolava na Justiça, Felipe Neto foi lá e fez. O influencer comprou 14 mil livros com temática LGBTQ+ e distribuiu gratuitamente no evento.


No domingo, 8, o Presidente do STF, Dias Toffoli, revogou a apreensão de livros LGBTQ+ na Bienal.

Nas redes sociais, famosos mandaram um beijo para o preconceito.

Nathalia Dill, Thiago Fragoso, Daniela Mercury, e Mauro Sousa, filho do cartunista Maurício de Sousa, estão entre as celebridades que se manifestarem contra a censura.


Nathalia Dill






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Mateus Solano:



Thiago Fragoso



Mauro Sousa



Daniela Mercury



Matheus Nachtergaele



O escritor Paulo Coelho rechaçou a atitude de Crivella. "A Feira do Livro do Rio foi invadida hoje por neo-talibãs confiscando livros "pecaminosos". Meu "11 Minutes" é um texto ousado sobre prostituição, S&M, voyeurismo, disse a eles onde encontrar as cópias, mas eles não ousaram tocá-la (até agora)", escreveu.



Influenciadores e políticos também se manifestaram:





















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