Caso Flordelis: uma trama brasileira de sexo, crimes e memes


Mãe, sogra, esposa e suspeita de mandar matar o marido que antes era filho, virou genro e foi "promovido" a... marido e pai de 55 filhos. Calma! Já me perdi aqui.

O caso Flordelis invadiu os noticiários, tomou conta da internet e bugou os brasileiros.



Enquanto tenta acompanhar a série trama, o BR não abre mão de uma coisa: fazer memes.



Vem comigo entender a treta que é o puro suco do Brasil.

Filha de pastores evangélicos, Flordelis dos Santos de Souza foi batizada com nome retirado da Bíblia. O pai se inspirou na imagem estilizada do lírio do campo, flor que nasce no brejo, em meio à sujeira e lodo, e a todos encanta por sua cor alva e imagem associada à pureza.

A bela trajetória de uma mulher favelada, que se dedicava ao trabalho humanitário de afastar crianças e adolescentes das drogas e do crime e as adotava como mãe revelou-se uma trama sórdida de incesto, mentiras, política e poder que culminou num desfecho trágico.

O marido já foi um dos filhos de Flordelis, Anderson do Carmo foi adotado por ela, namorou uma de suas irmãs de criação, de genro virou marido e acabou executado com mais de 30 tiros. Depois de "Game of Thrones", os roteiristas BRs deixaram "Dark" muito atrás na fila do pão.



Bem-vindos ao Brasil:



O caso repercutiu internacionalmente:



Netflix, corre aqui.




Filme baseado em fatos reais. Só que não

O enredo é tão mirabolante que a primeira temporada virou filme com um elenco de estrelas, nomes como: Bruna Marquezine, Reynaldo Gianecchini, Cauã Reymond, Deborah Secco, Letícia Sabatella., Marcello Antony, Alinne Moraes, Letícia Spiller, Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert.

Flordelis atuou como ela mesma e Anderson foi o produtor executivo do filme. Segundo a divulgação feita na época de seu lançamento, nenhum dos atores recebeu dinheiro e o lucro da bilheteria seria usado na compra de uma casa maior para abrigar toda a família.

"Flordelis - Basta uma palavra para mudar" [2009] se concentra na relação da então cantora gospel ainda sem cargo político com as dezenas de jovens em situação de vulnerabilidade social que ela levou para casa. Um docudrama que retratava uma família modelo de amor e solidariedade.




Por fora bela viola, por dentro pão bolorento

Coma a imagem de mãe zelosa e de pastora conservadora, apoiada pelos evangélicos e impulsionada pelo bolsonarismo, Flordelis elegeu-se deputada pelo PSD-RJ em 2018.

A família de comercial de margarina ficava só para as timelines e os cultos. As investigações mostraram que a clã era dividida entre os preferidos de Flordelis e "os outros". O primeiro grupo, fechado com a parlamentar, é composto por três filhos biológicos e mais quatro adotados no início do casamento, a chamada "primeira geração". Todos estão presos.

Os preferidos tinham regalias como acesso a uma geladeira que ficava no quarto da mãe, alimentos e acomodações melhores, presentes especiais e cargos na igreja e na política. Para os outros, nada disso. A relação de Flordelis com o restante dos filhos estava longe de ser maternal. A maioria diz se sentir usada pela deputada para compor a fachada de família exemplar.


"Separar não posso porque ia escandalizar o nome de Deus"

A motivação de Flordelis para mandar o assassinato do marido seria, segundo a polícia, sua insatisfação com o fato de Anderson ter assumido a posição de chefe da família e a forma como o pastor conduzia os negócios do clã.

Era Anderson que atuava como fiel da balança, gerindo atritos e mantendo a união dos membros. Ele também era o responsável pela movimentação financeira e controlava todo dinheiro que entrava e saia da casa. Além disso, o pastor comandava as carreiras política, religiosa e artística de Flordelis.

De acordo com as investigações, a deputada foi a mentora do plano de execução de Anderson e também a responsável por aliciar apoio entre os filhos. Em conversa com um deles, apurada pela polícia, Flordelis diz a frase polêmica que repercutiu nas redes: "Separar não posso porque ia escandalizar o nome de Deus".




"Ele não morre, ele é ruim de morrer!"

O plano de se livrar de Anderson foi tramado mais de um ano antes do dia de seu assassinato. Primeiro, tentaram envenená-lo. "Em um intervalo de cinco meses, ele precisou ser atendido em uma emergência médica pelo menos seis vezes", de acordo com dados da investigação divulgados pelo jornal Extra. "A primeira delas, em 6 de maio de 2018, 13 meses antes da execução a tiros. Sua queixa principal eram vômitos, problema que ele relatou ter relação com a quantidade de comida que ingeria. Não era para menos", ironiza a reportagem.

Após a primeira tentativa de envenenamento, houve mais cinco vezes em que Anderson passou mal, provavelmente, pela ingestão de arsênico em suas refeições. A captura de tela de uma busca realizada por uma das filhas de Flordelis é particularmente macabra: "veneno para matar pessoa que seja legal".



A eleição de Flordelis para o cargo de deputada fez com que o plano de executar Anderson ganhasse mais força. Eles estavam mais confiantes, sendo possível que as doses de veneno ministradas no meio dos alimentos oferecidos a ele tenham aumentado, segundo a investigação.

As tentativas envenenar o pastor, entretanto, deram n'água. Uma testemunha relatou à polícia que em determinada ocasião Simone dos Santos, uma das filhas de Flordelis que fez a busca por venenos na internet, admitiu que era a responsável por Anderson passar mal. "Mas ele não morre, não. Ele é ruim de morrer”, teria dito Simone.




Assassino barra pesada, onde achar?

Foi então que a pastora e os outros envolvidos partiram para o "Plano B": executar a vítima a tiros simulando um assalto.






Rolê na casa de swing

Flordelis e Anderson frequentavam local destinado à troca de casais, segundo o depoimento de uma antiga fiel da igreja fundada pela deputada federal. A mulher revelou à polícia que o casal de pastores era frequentador de uma casa de swing na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com o relato, a empresária de 32 anos soube da informação em 2007 quando levou sua supervisora a um culto no Ministério Flordelis. A amiga ficou surpresa em ver a pastora e comentou que Flordelis frequentava a mesma casa de swing que ela e que tinha um número como nome.

A história não acaba aí. A supervisora ainda contou que a pastora "tinha até um quarto exclusivo lá e que isso era muito caro". Que além de Flordelis e Anderson, Simone [filha biológica da parlamentar e ex-namorada do pastor] e o marido dela, André, que era diácono na época, também frequentavam o local. Além disso, a supervisora afirmou que havia encontrado os dois casais no sábado anterior e, na ocasião, Flordelis estava "extremamente bêbada".



De início, desconfiada da versão de sua amiga, a fiel passou a ter certeza da história ao confrontar Anderson e Simone, conforme relatou à polícia. Ela fingiu ter visto a família na Barra da Tijuca, mas o pastor negou que estivesse estado lá. Já Simone confirmou a ida da família ao bairro e também a roupa que Flordelis usava, a mesma descrita pela supervisora.


Rituais secretos com nudez, sexo e até sangue

À medida que as investigações avançam, a trama vai ficando cada vez mais insana.

Em depoimento à polícia, um homem que morava na casa no final dos anos 1990, contou ter sido forçado a escrever versículos bíblicos com seu próprio sangue e ser mantido em isolamento por uma semana como parte de sua iniciação no que chamou de culto

A testemunha afirmou considerar que participava de uma verdadeira seita e revelou que chegou a manter relações sexuais com a parlamentar.

Ele contou ainda que chegou a ter autorização para participar de um ritual no qual antes sua participação era proibida. Durante a cerimônia, o pastor Anderson  ficou pelado no centro de um círculo feito de giz e Flordelis iniciou uma espécie de rito onde oferecia Anderson como oferenda.

O homem chegou a integrar um seleto grupo dentro da família, considerado "anjos caídos" pelo pastor Anderson e que a missão sagrada de Flordelis era salvá-los. Ele contou ainda que Anderson teria pedido "permissão" a pastora para fazer sexo com uma de suas filhas adolescentes, pedido autorizado por ela.




Sexo com os filhos

Flordelis e Anderson mantinham relações sexuais com os filhos, revelou ao RJTV 2, da TV Globo, uma pessoa que chegou a morar na casa da família e foi citada em depoimento por testemunhas do caso.

"Durante o convívio, era perceptível que eles mantinham relações sexuais entre irmãos, entre pai e filha, entre mãe e filhos. Isso era nítido, notório e inclusive contado pelos próprios", disse ela, que preferiu manter o anonimato por temer ser perseguida pela família da deputada.

Ainda segundo o relato, Flordelis usava a imagem de mãe adotiva de mais de 50 jovens apenas por "marketing pessoal", como uma "fonte de renda". As doações para família começaram nos anos 1990 e deram fama a ela, que depois passou a fazer sucesso como pastora e cantora gospel e se elegeu deputada em 2018. O dinheiro arrecadado era usado por Flordelis para "sustentar seus luxos", diz a testemunha.


Patroa

"Não se trata bem de uma família, mas de uma organização criminosa. Descobrimos que toda aquela imagem altruísta, de decência, era apenas um enredo para ela [Flordelis] alcançar objetivos financeiros e a projeção política", disse o delegado à frente das investigações, Allan Duarte, ao apontar a pastora como mentora do plano.



A defesa de Flordelis diz que ela é inocente e que o caso está sendo usado como espetáculo pela mídia. Todos os onze denunciados estão presos, menos a deputada. Ela tem imunidade por ser parlamentar. Só poderia ser presa em flagrante de um crime inafiançável.

"Eu não vou ser [presa], porque eu sou inocente e tenho certeza que a minha inocência será provada nos próximos dias", afirmou Flordelis em entrevista concedida ao jornalista Roberto Cabrini, do SBT. A deputada disse ainda não estar preparada para a prisão.



Flordelis está impedida de deixar o país e de ter contato com testemunhas do caso.

Agora, sim, os refrescos. Vamos aos memes:





















































É isso, vamos aguardar a próxima season.



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